quinta-feira, agosto 07, 2008

O Teatro Mágico

Estou descobrindo O Teatro Mágico. Ou melhor, conhecendo. O grupo vem desde 2003 e traz uma idéia super bacana, unindo música, teatro, circo, internet... Uma amiga me indicou, e fui conquistada pela irreverência e pelas canções cheias de otimismo e jogo inteligente de palavras.
Aí vão dois exemplares. Não são as melhores, mas me tocam de alguma forma. A primeira pelo nome já me chama a atenção: “Sintaxe à Vontade” heh. A segunda porque há tempos já deveria ter mandado o medo dormir.
Sintaxe À Vontade
Sem horas e sem dores
Respeitável público pagão
a partir de sempre
toda cura pertence a nós
toda resposta e dúvida
todo sujeito é livre para conjugar o verbo que quiser
todo verbo é livre para ser direto e indireto
nenhum predicado será prejudicado
nem tampouco a vírgula, nem a crase nem a frase e ponto final!
afinal, a má gramática da vida nos põe entre pausas, entre vírgulas
e estar entre vírgulas pode ser aposto
e eu aposto o oposto que vou cativar a todos
sendo apenas um sujeito simples
um sujeito e sua oração
sua pressa e sua verdade,
sua féque a regência da paz sirva a todos nós... cegos ou não
que enxerguemos o fato
de termos acessórios para nossa oração
separados ou adjuntos, nominais ou não
façamos parte do contexto da crônica
e de todas as capas de edição especial
sejamos também o anúncio da contra-capa
mas ser a capa e ser contra-capa
é a beleza da contradiçãoé negar a si mesmo
e negar a si mesmopode ser também encontrar-se com Deus
com o teu Deus
Sem horas e sem dores
Que nesse encontro que acontece agora
cada um possa se encontrar no outro
até porque...
tem horas que a gente pergunta:
Por que é que não se junta tudo numa coisa só?
Os opostos se distraem.
Os dispostos se atraem...
*
**
***
Durma, medo meu.
Todo o chão se abre
No escuro se acostuma
Às vezes a coragem é como quando a nova lua
Somos a discórdia e o perdão
E nos esquecemos da cor que tinha o céu,
Assim como a saudade ou uma frase perdida
Durma, medo meu
Um não, às vezes um "não sei".
Janela, madrugada, luz tardia.
E o medo nos acorda
Pára e bate o coração em pura disritmia
O medo amedronta o medo
Vela, madrugada, dia.
Assim
Como a saudade ou uma frase perdida
Durma, medo meu.

Um comentário:

Lidiane disse...

Olá Lidiane!

Te achei lá no blog da Ana e resolvi passar aqui para te conhecer, afinal também me chamo Lidiane e fiquei curiosa rsrs..

Adorei seu cantinho e deixo aqui um convite para vc tomar um chimarrão lá no meu blog.

bjs Lidi