Arauco

Há mais de 15 anos atrás, dois violões e um bombo leguero começaram a acompanhar uma guriazinha serelepe que almejava ganhar os palcos argentinos cantando. Passados os anos, o grupo ganhou o nosso vizinho país, levou a música folklórica aos jovens, recrutou outros companheiros de estrada e juntos formam a banda de um dos nomes mais representativos da música argentina, Soledad Pastorutti.

Hoje, 27 de março, Beto Arauco, um dos 'guitarreros' que acompanham Sole desde seus primeiros passos, faz sua despedida dos palcos, em Las Rosas, província de Santa Fé. Para esse momento, Beto escreveu a "Zamba de la Despedida, registrando em versos a sua aposentadoria e seu carinho a Sole por tantos anos de convivência.

Eu e minha hermana Fernanda, por sorte e os dotes fotográficos do amigo Chico Cougo, já temos a nossa foto com essa figura simpática que é o grande Beto Arauco.

Hoje à noite ouvidos colados em alguma rádio argentina que transmita o último show de Beto com integrante da banda de Soledad.

Renato Russo - 50anos

Hoje, faria 50 anos a voz de uma geração, melhor dito, de uma Legião.

Regional pero universal

"Milonga da Miragem" é o título da matéria, assinada por Daniel Félix, que trouxe o Segundo Caderno da ZH de ontem, 25/03/2009, divulgando o novo trabalho do Vitor Ramil intitulado "délibab". O álbum dedicado a milongas, que foi gravado em Buenos Aires, é composto por 12 canções, sendo 6 inspiradas em poemas do grande autor (o qual eu compreendo um pouco melhor hoje) Jorge Luis Borges, e outras 6 a partir de poemas do poeta gaúcho João da Cunha Vargas. O CD é metade espanhol, metade português e traz Vitor Ramil de volta ao que o próprio denomina como "Estética do frio".

A matéria traz ainda uma entrevista com o cantor que vale muito a pena ler. Quando interrogado sobre o distanciamento da música feita no RS em relação ao resto do país, Vitor ressalta que "demoramos demais para relaxar ao nos debruçarmos sobre as coisas da tradição - e ainda hoje é polêmico buscar algo mais moderno a partir daquilo que é tradicional. Quando lancei "Ramilonga", ouvi manifestações agressivas de que eu não tinha o direito de fazer aquilo com algo da nossa cultura etc. Em compensação, na Bahia ouvi manifestações do tipo 'agora sim entendo a sensibilidade dos gaúchos'. Acho que essa compreensão havia se dado porque eu não estava cantando de forma caricata, com a voz empostada; eu cantava de maneira normal, tratando um gênero tradicional como se ele fosse qualquer outro. (...) O que precisa é que haja uma roupagem universal (da música), que seja mais familiar e contemporânea a quem está ouvindo".

Infelizmente, a entrevista só está na versão impressa da ZH, mas quem quiser conferir um pouco da matéria clique aqui.

"Manuel Flores va a morir,

eso es moneda corriente;

morir es una costumbre

que sabe tener la gente.

Y sin embargo me duele

decirle adiós a la vida,

esa cosa tan de siempre,

tan dulce y tan conocida."

(Milonga de Manuel Flores - J.L.Borges; V.Ramil)

Soledad no Brasil??? -- Ojaláááá

No passeio 'blogsférico' rotineiro que faço, me deparei, hoje, com a nota "Tucumán y Brasil en el regreso de Soledad". A novidade veio por intermédio do sempre ótimo blog "Luces de Misiones" e me deixou com o coração aceleradinho. Tudo porque se divulgou a volta do Furacão de Arequito, logo de sua gravidez, com shows no Festival Atahualpa, a realizar-se na província argentina de Tucumán, e outro(s) concerto(s) no Brasil, mas com datas a confirmar. Isso seria, creio eu, para agosto próximo. Nem faz falta dizer que já estou na expectativa por fazer uma festa tão linda quanto foi a de Bagé, em outubro passado.

Que se venga el Huracán, nomás!!!

P.S. Adorei pôr os 'S' em outro(s) concerto(s). Será que teremos mais de um show?????

Qual o teu problema, Camões?

Estava sem ter o que postar (ao menos nada que valesse a pena) e me lembrei deste texto, lido há alguns anos atrás, que, dizem, ser obra de uma vestibulanda da Bahia quando desafiada à interpretação do Soneto mais famoso de Luis de Camões.

Lembram?

"Amor é um fogo que arde sem se ver,

é ferida que dói, e não se sente;

é um contentamento descontente,

é dor que desatina sem doer.

(...)"

Pois em um momento muito inspirado e contrariando as expectativas de todos os que um dia se depararam com tarefa igual (É de praxe. Todo professor de literatura pede uma interpretação de Camões e dessa história de 'amor' com maiúscula e minúscula), a guria escreveu:

"Ah Camões!

Se vivesses hoje em dia

Tomavas uns anti-piréticos

Uns quantos analgésicos

E Prozac para a depressão

Compravas um computador

Consultavas a Internet

E descobririas

Que essas dores que sentias

Esses calores que te abrasavam

Essas mudanças de humor repentinas

Esses desatinos sem nexo

Não eram feridas de amor

Mas somente falta de sexo."

Vanessa de Maria - Oración de Remanso

Vanessa de Maria estava em pauta já há alguns dias. Conheci o trabalho dela, se não me engano, em 2007, através do Orkut e de um Galpão Crioulo especial sobre a música latino-americana. Na ocasião, a cantora, natural de Sarandi, apresentou Piedra y camino, de Atahualpa Yupanqui, e Chacarera del 55, dos Hermanos Nuñez. Prestou sua homenagem à música sureña, falou um pouco sobre sua interessante trajetória e divulgou o CD Perfume del Sur, seguindo o gênero folklórico, com lançamento no Brasil e na Argentina.

Estive lendo por aí e vi que em 2008 ela chegou ao Festival de Cosquín e teve boa aceitação por parte do público argentino, assim como da imprensa: "Vanessa de Maria - una rubia brasileña criada en Rio Grande do Sul - canta en castellano pero es mucho más que una artista con buenas intenciones. Tiene una pronunciación en "argentino" perfecta. A partir de eso se puede descubrir sin barreras su bella interpretación de temas de raiz folklórica" (La Nación - jul/2007).

Aqui no Estado ela arrematou o Prêmio Açorianos da Música em 2008. Contudo, suas músicas não tocam nas rádios. Ao menos não nas emissoras deste lado do Rio Grande do Sul. O que é uma lástima, porque Vanessa tem uma voz linda, um repertório que dispensa qualquer comentário e um cd muito bem produzido que conta com a direção do grande músico Nicolás "Colacho" Brizuela.

Se sua ausência nas emissoras de rádio se der pelo fato de cantar em espanhol, me poupem. Entendo muito mais o espanhol da Vanessa do que letras toscas como:"Não afroxemo nem os lançote/ pois semo loco de dá com um pau/ Cruzemo a nado se o rio não dá vau/ neste mundo véio flor de cabuloso". Por favor, eu nasci e me criei no RS e nunca falei desse jeito.

Fica aí a reclamação e a dica para quem ainda não conhece o trabalho da Vanessa.

"Tengo el color del río

y su misma voz en mi canto sigo

del agua mansa y su suave danza en el corazón,

pero a veces oscura,

va turbulenta en la ciega hondura

y se hace brillo en este cuchillo de pescador"

Escritores em Primeiro Plano

Gente, desde o dia 1º de março, todas as segundas-feiras a partir das 23h30, o Canal Futura apresenta a série Escritores em Primeiro Plano. O programa visa abordar a vida e a obra de alguns nomes da literatura latino-americana. Já passaram por ali Mario Vargas Llosa, Isabel Allende e Rigoberta Menchú. As duas próximas edições, 22 e 29 de março, serão dedicadas a Mario Benedetti (pai da Beatriz) e Quino (pai da Mafalda) respectivamente.

¡A no perderselo!

Eu não estarei em casa, mas conto com um velho vídeo cassete que não vai me negar os carinhos. hahaha

Toque de Queda

E como ontem cometi o disparate em eleger de maneira muito precoce as minhas faixas preferidas do CD da Julieta Venegas, hoje cometo a mesma audácia com o cd do Drexler.

Não há muito o que falar do meu 'parente' uruguaio, só que é um cantor, compositor e letrista genial, e que preciso ir a um show dele para ouvir "Toque de Queda", do "Armar la trama" e as outras taaaaannntas músicas imperdíveis do Jorgito.

"Cada trapecista suelta su trapecio

En la soledad del toque de queda"

Prefiero amores platónicos

Ontem postei sobre o lançamento do CD da Julieta Venegas, 'Otra cosa', e hoje o ouvi. No geral, gostei bastante. Não tenho nenhum cacife para fazer qualquer crítica que não seja aquela correspondente ao meu gosto pessoal. E nessa linha, destacaria as canções "Debajo de mi lengua" e "Amores Platônicos".

Comecei a ouvir a Julieta através de um blog que apresentava um podcast com as concorrentes ao Grammy Latino de 2006. Na época, a música que estava no páreo era "Me Voy", do álbum "Limón y Sal". Desde então, a cantora é presença constante nos meus ouvidos. Gosto das letras (a maioria composta pela própria Juli) e das melodias. De alguma forma, elas fazem o dia ficar mais leve.

Talvez seja cedo para dizer que as duas músicas que citei sejam as que mais gosto, mas, de pronto, foram as que mais 'me llegaron'. Principalmente "Amores Platônicos", porque me faz pensar que não sou a única a 'preferi-los'.

"Prefiero amores platónicos,

consuelo de tontos solitarios.

Prefiero amores imposibles,

consuelo de haber perdido demasiado"

P.S. É claro que o tema deveria ser melhor abordado, além de merecer um texto super elaborado (odeio rimas fáceis). Mas prefiro viver com meus carmas platônicos e não dar tanta voz a eles. Por me consolar, já estão valendo.

Lançamentos 'da hora' (Bien o mal, una canción me trajo hasta aquí)

Mês de março e duas 'super novidades' chegando.

A primeira já há alguns dias está na boca do povo, por divulgação da própria interessada. Trata-se do novo CD da Julieta Venegas, que tem lançamento hoje, nominado "Otra cosa". O primeiro single ficou por conta de "Bien o Mal" divulgado no início do ano através do Twitter e MySpeace da própria Julieta. Aliás, há algum tempo gostaria de escrever sobre isso. Os admiradoress da Julieta Venegas não têm o que reclamar. A moça twitta muito e com fundamento. Indica músicas, filmes, bandas, shows, divulga campanhas sociais, fala sobre seu trabalho... Quisera eu que a Doña Pastorutti seguisse o mesmo caminho.

A quem gosta do trabalho da Juli e ainda não ouviu "Bien o mal", aí vai.

Será que a letra tem a ver com seu rebento que está a caminho???

A segunda agradabilíssima surpresa fica por conta do sempre recomendável Jorge Drexler.

Pois comecei a semana mais do que bem, abrindo o MSN e recebendo a indicação da sempre atenta Melín sobre o novo trabalho do Jorgito "Armar la Trama", a ser lançado também hoje. A música de trabalho é "Una canción me trajo hasta aquí". "Armar la trama" foi gravado Ao Vivo para um público restrito e sai à venda junto ao DVD "La Trama Circular". Para quem quiser conferir, é só dar uma passadinha pelo site do moço clicando aqui.

As novidades estão aí. Só o que não é novo é minha admiração pelos dois.

Vuelve SimplementeSole

Depois de uma breve pausa, está de volta, e com tudo, um dos blogs mais completos sobre a carreira da Soledad.

Simplemente Sole, sob idealização e responsabilidade da amiga Melín, que já foi finalista do Concurso Arroba de Oro, foi relançado essa semana, com fôlego, trazendo toda a informação pertinente sobre shows, participações, entrevistas, enfim, tudo o que diz respeito a nossa querida Sole.

Segundo a página Facebook do sítio, há surpresas que podem aparecer a qualquer momento.

Eu já estava com saudade e super recomendo.

Acompanhem!

Blog: http://simplementesole.blogspot.com

Feliz Aniversárioooo

Parabéns, Laurinhaaaa!!!

Bei, 16 já? Tenho que ficar feliz por ainda não me aparecerem cabelos brancos. hahahha

Laura, te amooo. Sabes que faz parte do meu Mc Donald's né? rsrs

Beijo enoooorme!

Felicidades!

¿Y si Dios fuera mujer?

Pregunta Juan sin inmutarse,

vaya, vaya si Dios fuera mujer

es posible que agnósticos y ateos

no dijéramos no con la cabeza

y dijéramos sí con las entrañas.

Tal vez nos acercáramos a su divina desnudez

para besar sus pies no de bronce,

su pubis no de piedra,

sus pechos no de mármol,

sus labios no de yeso.

Si Dios fuera mujer la abrazaríamos

para arrancarla de su lontananza

y no habría que jurar

hasta que la muerte nos separe

ya que sería inmortal por antonomasia

y en vez de transmitirnos SIDA o pánico

nos contagiaría su inmortalidad.

Si Dios fuera mujer no se instalaría

lejana en el reino de los cielos,

sino que nos aguardaría en el zaguán del infierno,

con sus brazos no cerrados,

su rosa no de plástico

y su amor no de ángeles.

Ay Dios mío, Dios mío

si hasta siempre y desde siempre

fueras una mujer

qué lindo escándalo sería,

qué venturosa, espléndida, imposible,

prodigiosa blasfemia.

Mario Benedetti

Mujer América (porque amanhã é dia 08)

Mujer América

Mario Bonfil

India, menospreciada, madre nuestra,

miente quien dijo que te descubrió;

y mienten los Imperios que afirmaron

haberte conquistado el corazón.

Mujer, y por mujer, avasallada;

América del Sur, tierra de Dios;

tu historia ha sido y es pasión y muerte,

por eso exijo tu resurrección.

Cuando calle el fusil

y se gane la paz;

cuando triunfe el amor

Que es justicia y verdad;

pisaremos al fin

esa Tierra sin Mal

patria-grande feliz,

que supimos soñar...

Para entonces,mujer,

nuestros nietos podrán

bajo la Cruz del Sur

celebrar su hermandad;

y el trabajo ha de ser

la común dignidad,

y el Amor, Dios-Amor:

nuestra fiesta total..!

Recitado:

Que se levanten de la tierra y griten

de nuevo el grito de su rebelión:

Juliana, Micaela, Juana, Evita...

Y ha de saber el mundo quién sos vos...!

Si te miro en la flor, sos pasionaria;

si te busco en la estrella, Cruz del Sur;

y si pulso el latido de la historia,

sos la mujer que está por dar a luz...

En tu entraña se agita la esperanza,

sangre joven pariendo un viejo amor,

América morena, en tu regazo

Nace y crece la luz, Madre del Sol!

Vuelveeee

Que voltem os velhos tempos.

Feliz Aniversárioooo

E é hojeee, e também por aqui, que mando as felicitações e os maiores desejos de saúde, paz, amor, alegrias e tudo mais de bom que houver nessa vida, à QUERIDA, à Magah, à Desubicada de Rio Pardo, à minha Miguiiiss Marianaaa!!!

Uhuuullll \o/\o/\o/

Te quierooo más que mucho. Parabéns, que todos teus sonhos se realizem. Estarei sempre torcendo por ti.