quinta-feira, setembro 29, 2011

Big Ben

Eu defendo uma ideia: na Inglaterra se faz música muito melhor do que no Estados Unidos e, talvez, no mundo. Claro que essa minha teoria não tem nenhum fundamento além do meu gosto pessoal. Costumo fazer essa associação porque, se depender das rádio brasileiras e das gravadoras, aqui no Brasil, só ouvimos músicas norte-americanas (maioria) ou inglesas a nível internacional.
Com base nisso, reparei que no meu shuffle tocam, além das canções no idioma castelhano, muita música inglesa, e o motivo são nomes como: The Beatles, Joss Stone, Amy Whinehouse, Keane, Nerina Pallot, e, obvio, Adele. Para chegar a minha conclusão, é só comparar estes nomes a Ke$ha, Katy Perry, Rihanna, entre outros. Sem desmerecer, claro, o talento destes últimos. 
E já que citei Adele (esta pessoa que me desperta uma inveja tremenda, me obrigando a admira-la para me redimir) deixo a vocês seu último videoclipe: "Someone like you" (aquela música que dá vontade de chorar antes mesmo de apertar o PLAY), ambientado em Paris. É mole ou quer mais?  Definitivamente, na terra do Big Ben, se faz música muito melhor do que na terra do Tio Sam.







domingo, setembro 18, 2011

Simples e lindo

No meu 16º aniversário recebi um dos melhores presentes que já me deram. Lembro que cheguei da escola e vi sobre a cama uma caixa grande na forma de um triângulo. Minha mãe e minha avó, então, me haviam surpreendido com um violão Giannini, nylon, série Estudante. Cinco meses depois, entrei na aula de violão, uma hora, toda segunda e quarta-feira, mas não durei muito porque queria tocar certas músicas e minha professora fez questão de deixar claro que, no estágio em que eu estava, não conseguiria. Com razão, algumas delas até hoje ainda não consigo. Sendo assim, três meses depois da primeira aula abandonei o instrumento, vindo a procurá-lo algum tempo depois já com um gosto musical mais simples e verdadeiro.
Certa vez vi uma entrevista da cantora Ana Prada onde lhe perguntavam sobre a simplicidade de suas canções, e acho que foi ali que passei a admirá-la realmente, quando disse que não lhe importavam as críticas neste sentido, desde que o público se identificasse e gostasse de suas músicas. Ana embasa seu ponto de vista citando uma história de Alfredo Zitarrosa, onde o grande nome da música uruguaia, ao contratar um novo e habilidoso músico, pede que este execute as notas da maneira simples para que quem o escute possa sentir.
Também nessa entrevista, Ana citou o exemplo de Marisa Monte que ao lançar seus singles e CDs, disponibiliza a seus seguidores, e a quem quiser, os acordes de suas músicas para que todos possam tocá-las. Interessante e inteligente este gesto de Marisa, que tem seu repertório mesclado entre melodias simples e outras nem tanto. Passando por cima de qualquer vaidade, a cantora disponibiliza a quem queira a possibilidade de tocar suas músicas, fazendo com que estas cheguem de uma maneira diferente a seu público e admitam para cada um o seu próprio significado. 
Quem sabe reproduzir alguns acordes ou notas em algum instrumento musical sabe que as canções representam algo diferente quando executadas por nós, e entenderá o que estou dizendo. 
Passados nove anos desde que ganhei o primeiro violão, entendi que o que conta não é o número de notas diferentes por segundo que você possa executar, nem os solos que você consegue fazer, mas a maneira como se faz isso. Não adianta compôr algo cheio de diminutas e nonas para "se mostrar" a quem quer que seja, se estas não transmitem o sentido e o sentir necessário a quem as escute. 
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E, para confirmar o relato de Ana, semana passada Marisa Monte lançou sua nova música de trabalho e é só entrar no site http://marisamonte.com.br/home para ouvir e baixar letra e cifra de "Ainda bem". Simples e linda.