segunda-feira, janeiro 28, 2008

Soledad - Jorge Drexler y Maria Rita

Para que se mantenga la actividad por aqui, buscaré actualizar una vez por semana. Ojalá, se cumpla la idea. :-) Casualidad o no, están en este post las figuras de Jorge Drexler, Maria Rita y Soledad, pero no La Sole, sino el sentimiento de soledad que, aunque sea tan dolorido, vale la pena porque es inspiración de muchas y muchas hermosas obras. Jorge Drexler, uruguayo, compositor de la famosa "Al otro lado del río". Me encantó desde el momento en que lo escuché decir que habia aprendido portugués con las canciones de João Gilberto, Caetano Veloso... Ni hablar de sus canciones. Escuchelas y tenga su propia conclusión. Maria Rita, ay ay ay, ¿qué hablar de esta chica?! Soy de su hinchada desde que la vi cantar Tristesse con Milton Nascimento en la tele. Una de las mejores de Brasil. Me falta que decir, prefiero sentir. Soledad (no la Sole jejej), la conozco desde siempre. Un sentimiento que a veces se me viene muy fuerte aunque luche mucho para no entregarme a él.

Soledad, / Aqui estan mis credenciales, / Vengo llamando a tu puerta / Desde hace un tiempo, / Creo que pasaremos juntos temporales,/ Propongo que tu y yo nos vayamos conociendo./ Aqui estoy, / Te traigo mis cicatrices,/ Palabras sobre papel pentagramado,/ No te fijes mucho en lo que dicen,/ Me encontrarás/ En cada cosa que he callado./ Ya paso, ya he dejado que se empañe/ La ilusión de que vivir es indoloro./ Que raro que seas tu quien me acompañe, soledad,/ A mi que nunca supe bien como estar solo.

A música que me desarma

Qualquer coisa que eu diga não será suficiente para descrever o que foram as noites de 26 e 27 de janeiro de 2008. Principalmente sabendo de um dos meus piores defeitos: a insensibilidade. Já ouvi dizer que ser insensível é uma das mais fortes características dos taurinos, assim como a chatice e o sentimento de posse. Guardando-se as demais adjetivações "negativas" (sim, eu reconheço que as levo em mim), e voltando à questão da insensibilidade, poucas coisas são capazes de me deixar eufórica, emocionada, dar voz ao coração e esquecer a razão. A música tem esse poder. Me senti extremamente sensível neste fim de semana. Encantada, hipnotizada até os ossos com a oportunidade de presenciar o encontro de grandes ídolos como Mercedes Sosa, Soledad Pastorutti e Horacio Guarany. Um momento ímpar que quero um dia contar aos meus filhos e netos, para que saibam que a música transcende o tempo e o espaço, uma vez que não foi preciso estar em corpo na cidade de Cosquín (Argentina) para sentir tudo o que estes fenômenos do folclore argentino puderam proporcionar. Através da internet, pude ouvir e sentir toda a candura, a experiência e a bondade de Mercedes Sosa, La Negra, grande dama do folclore; pude presenciar o carinho de um povo a um dos grandes do cancioneiro popular, Horacio Guarany, com mais de 50 anos de carreira e uma obra inigualável; e, uma vez mais, pude ver a energia , o furor, a simplicidade, a competência e o rebolear do poncho da juventude do folclore representada na figura de Soledad "La Sole" Pastorutti. Três grandes artistas que me tiram da inércia e fazem brotar em mim a leveza e a liberdade, sentimentos proporcionados apenas por sua arte: a música. Já disse Guarany: "Si se calla el cantor calla la vida/ Porque la vida, la vida misma es toda un canto", e já cantaram La Negra e La Sole "Que no calle el cantor porque el silencio/ Cobarde apaña la maldad que oprime...". Talvez por isso eu me torne tão vulnerável à música, porque acredito nos versos de Guarany e nas vozes de Mercedes e Soledad. E, por crer no trabalho dessas pessoas, me sinto hoje o ser mais feliz do mundo por haver presenciado o encontro de Sole com Mercedes e depois com Horacio. Mesmo que a quilômetros de distância, mas com a alma e o coração presentes, dispostos a escutá-los sempre.
Aguante Mercedes!
Aguante Horacio!
AGUANTE LA SOLE!