terça-feira, setembro 30, 2008

Los nadies

Sueñan las pulgas con comprarse un perro y sueñan los nadies con salir de pobres, que algún mágico día llueva de pronto la buena suerte, que llueva a cántaros la buena suerte; pero la buena suerte no llueve ayer, ni hoy, ni mañana, ni nunca, ni en lloviznita cae del cielo la buena suerte, por mucho que los nadies la llamen y aunque les pique la mano izquierda, o se levanten con el pie derecho, o empiecen el año cambiando de escoba.
Los nadies: los hijos de nadie, los dueños de nada.
Los nadies: los ningunos, los ninguneados, corriendo la liebre, muriendo la vida, jodidos, rejodidos:
Que no son, aunque sean.
Que no hablan idiomas, sino dialectos.
Que no profesan religiones, sino supersticiones.
Que no hacen arte, sino artesanía.
Que no practican cultura, sino folklore.
Que no son seres humanos, sino recursos humanos.
Que no tienen cara, sino brazos.
Que no tienen nombre, sino número.
Que no figuran en la historia universal, sino en la crónica roja de la prensa local.
Los nadies, que cuestan menos que la bala que los mata.
Eduardo Galeano

sexta-feira, setembro 26, 2008

Uga-uga

Estou tendo ataques de loucura. Calmem, nada efetivo ainda, só em pensamentos. haha
Não sei, tô sentindo falta de umas índias amigas minhas pra compartilhar alguma indiada. Tipo ventania e barraca voando, pneu de van sem parafuso, amigo bebum, cantoria na praça, horas infindáveis de viagem...
Aliás, por falar em viagem, se alguma das índias ler isso, ou alguém mais queira se divertir num passeio de índio bem legal, que levante a mão. Por enquanto são planos, mas bem possíveis de se realizarem. Vamos ver se alguém adivinha:
*Acontece no verão;
*É em Córdoba - AR;
*Eu morro de vontade de ir;
*Muita gente morre de vontade de ir;
*Não quero ver (ouvir) pela internet outra vez;
*Certa vez, descobriu um "Huracán";
*Só vou se o "Huracán" soprar outra vez, talvez pela 11ª (não tenho certeza) vez neste lugar;
Tá eu sei, é um chão e tanto pra percorrer, mas eu tô afim. Indiada é indiada e no fim das contas sempre vale a pena. Ainda não vai ser no meu ônibus colorido, só se eu ganhar na Mega-Sena até o fim do ano. Se isso acontecer levo todos de graça, mas acho difícil.
Já vou tratar de pedir a barraca do meu avô e ir me preparando. Em busca de um verão diferente, pelo amor de Deus!
Quero companhia!!!!

sábado, setembro 20, 2008

"Making Off" da Semana Farroupilha. haha

*Vejam quem flagramos desfilando aqui no Bom Fim, dia 14/09/2008: Jorge Cafrune. Há quem diga que era o Mano Lima, mas eu acho que era o Cafrune.

*E na platéia, o Piquete dos Sem Cavalo. haha Claiton, Eu e Tícia. Bom Fim,14/09/2008.

*E o clã dos Raymundo Silveira invade a universidade. Fernanda na Urcamp, dia 17/09/2008.

*Enquanto tudo acontece, o Zé Bob, que está quase com dois meses, se mostra uma fera de marca maior. hahah Até parece! Só no brinquedo com a mãe dele.

*20 de Setembro, antes de ir pra praça. Eu e o gaúcho mais lindo, o Leopoldo (é bem meu irmão, olhem o tamanho da testa!haha). Tá, já sei, minha boina ficou grande pra ele, mas mesmo assim ficou lindo!!!

*Não sei nem quem são, mas ficaram tão lindinhos! Desfile, 20 de setembro.

*E, pra encerrar, a melhor. hahah A gaúcha que não sabe comer carne, nem andar a cavalo, mas que tem um imenso orgulho de ter nascido neste lugar: Eu. Que tal o detalhe da pantufa de tigre?! hahahah

Sirvam nossas façanhas de modelo a toda a Terra

20 DE SETEMBRO - DIA DO GAÚCHO
PARABÉNS PRA TODOS NÓS QUE AMAMOS ESSA TERRA!!!

Hino do Rio Grande do Sul

Composição: Letra: Francisco Pinto da Fontoura
Música de: Joaquim José de Mendanha

Como a aurora precursora

Do farol da divindade,

Foi o vinte de setembro

O precursor da liberdade.

Mostremos valor, constância,

Nesta ímpia e injusta guerra,

Sirvam nossas façanhas

De modelo a toda terra.

Sirvam nossas façanhas

De modelo a toda terra.

Mas não basta pra ser livre

Ser forte, aguerrido e bravo

Povo que não tem virtude

Acaba por ser escravo

Mostremos valor, constância,

Nesta ímpia e injusta guerra,

Sirvam nossas façanhas

De modelo a toda terra.

Sirvam nossas façanhas

De modelo a toda terra.

segunda-feira, setembro 15, 2008

Fernanda e O sonho do carreteiro

Aproveitando a ocasião, deixo aqui a homenagem a minha irmãzinha Fernanda, que treina o ano tooodo pra chegar nesta época e representar o seu CTG, dançando e declamando. Fernandinha, te admiro muiiito, te amo muiiito, tu faz tudo super bem e sabe disso. Além de ser a prenda mais linda. Claro, a minha cara. hahha
*Nos fundos de casa, antes de sair.

* O sonho do carreteiro

*Quem tem artista na família, é outra coisa. haha Fernandinha e Anderson Marques. Obrigada, guri, foi o Oceano mais lindo que ouvi. hahah

domingo, setembro 14, 2008

O chimarrão

Apesar de simples e informal, a roda de chimarrão tem suas regras. Verdadeiros mandamentos, que devem ser respeitados por todos. Se você é iniciante ou está redescobrindo o costume, observe esses pontos relacionados com boa dose de humor:
1- NÃO PEÇAS AÇÚCAR NO MATE
O gaúcho aprende desde piazito o porquê o chimarrão se chama também mate amargo ou, mais intimamente, amargo apenas. Mas se tu és de outros pagos, mesmo sabendo, poderá achar que é amargo demais e cometer o maior sacrilégio que alguém pode imaginar nesse pedaço do Brasil: pedir açúcar. Pode-se por água, ervas exóticas, cana, frutas, cocaína, feldspato, dollar, etc... mas jamais açúcar. O gaúcho pode ter todos os defeitos do mundo, mas não merece ouvir um pedido desses. Portanto, tchê, se o chimarrão te parece amargo demais, não hesites, pede uma coca-cola com canudinho. Tu vais te sentir bem melhor.
2- NÃO DIGAS QUE O CHIMARRÃO É ANTI-HIGIÊNICO
Tu podes achar que é anti-higiênico por a boca onde todo mundo põe. Claro que é. Só que tu não tens o direito de proferir tamanha blasfêmia em se tratando de chimarrão. Repito: pede uma coca-cola de canudinho. O canudo é puro como a água de sanga (pode haver coliformes fecais e estafilococos dentro da garrafa, não nele).
3- NÃO DIGAS QUE O MATE ESTÁ QUENTE DEMAIS
Se todos estão chimarreando sem reclamar da temperatura da água, é porque ela é perfeitamente suportável por pessoas normais. Se tu não és uma pessoa normal, assume tuas frescuras (caso desejes te curar, recomendamos uma visita ao analista de Bagé). Se, porém, te julgas perfeitamente igual aos demais, faze o seguinte: vai para o Paraguai. Tu vai adorar o chimarrão de lá.
4- NÃO DEIXES UM MATE PELA METADE
Apesar da grande semelhança que existe entre o chimarrão e o cachimbo da paz, há diferenças fundamentais. Como o cachimbo da paz, cada um dá uma tragada e passa-o adiante, já o chimarrão não. Tu deves tomar toda a água servida até ouvir o ronco da cuia vazia. A propósito, leia logo o mandamento abaixo.
5- NÃO TE ENVERGONHES DO "RONCO" NO FIM DO MATE
Se, ao acabar o mate, sem querer fizer a bomba "roncar", não te envergonhes. Está tudo bem, ninguém vai te julgar mal-educado. Esse negócio de chupar sem fazer barulho vale para a coca-cola com canudinho que tu podes até tomar com o dedinho levantado (fazendo pose de assumida).
6- NÃO MEXAS NA BOMBA
A bomba de chimarrão pode muito bem entupir, seja por culpa dela mesma, da erva ou de quem preparou o mate. Se isso acontecer, tens todo o direito de reclamar. Mas por favor, não mexas na bomba. Fale com quem te passou o mate ou com quem lhe passou a cuia. Mas não mexas na bomba, não mexas na bomba e, sobretudo, não mexas na bomba.
7- NÃO ALTERE A ORDEM EM QUE O MATE É SERVIDO
Roda de chimarrão funciona como cavalo de leiteiro. A cuia passa de mão em mão, sempre na mesma ordem. Para entrar na roda, qualquer hora serve, mas depois de entrar, espera sempre a tua vez e não queiras favorecer ninguém, mesmo que seja a mais prendada prenda do estado.
8- NÃO CONDENES O DONO DA CASA POR TOMAR O PRIMEIRO MATE
Se tu julgas o dono da casa um grosso por preparar o chimarrão e tomar ele próprio o primeiro mate, saibas que o grosso és tu. O pior mate é o primeiro, e quem toma está te prestando um favor.
9- NÃO DURMAS COM A CUIA NA MÃO
Tomar mate solito é um excelente meio de meditar sobre as coisas da vida. Tu mateias sem pressa, matutando... E às vezes te surpreendes até imaginando que a cuia não é cuia, mas o quente seio moreno daquela chinoca faceira que apareceu no baile do Gaudêncio... Agora, tomar chimarrão numa roda é muito diferente. Aí o fundamental não é meditar, mas sim integrar-se à roda. Numa roda de chimarrão, tu falas, discutes, ris, xingas, enfim, tu participas de uma comunidade em confraternização. Só que essa tua participação não pode ser levada ao extremo de te fazer esquecer a cuia que está na tua mão. Fala quanto quizeres mas não esqueças de tomar o teu mate que a moçada tá esperando.
10- NÃO DIGAS QUE O CHIMARRÃO DÁ CÂNCER NA GARGANTA
Pode até dar. Mas não vai ser tu, que pela primeira vez pega na cuia, que irás dizer, com ar de entendido, que o chimarrão é cancerígeno. Se aceitaste o mate que te ofereceram, toma e esqueces o câncer. Se não der para esquecer, faz o seguinte: pede uma coca-cola com canudinho que ela etc... etc...
PÉRCIO DE MORAES
MODO DE PREPARO
*Quem quiser se achegar pra tomar uns mates, esteja em casa! Aqui há sempre companheiros.
**Hoje a minha irmã Fernanda, 1º Lugar na Declamação Prenda Mirim 2007, estará declamando na Reculuta Municipal uma poesia, de Luiz Menezes, denominada "O sonho do carreteiro". Sorte, Fernandinhaaaa!!!!

sábado, setembro 13, 2008

Semana Farroupilha 1

Hoje começa a Semana Farroupilha. Época máxima da cultura gaúcha no estado. Aliás, ao menos aqui por São Gabriel, é só o setembro apontar que já se vê cavalos, gaúchos com suas pilchas, uma gaita que soa de um lado, os acordes de um violão de outro. Não que no resto do ano não ocorra, mas, sem dúvida, é no setembro que todo esse orgulho sobre a terra se mostra maior.
E, convenhamos, como não sentir orgulho?! Uma história de lutas, bravura, quase mitológica que inspirou nomes como Jayme Caetano Braun, Noel Guarany, Simões Lopes Netto, Apolinário Porto-Alegre, mestres, mentores daqueles que hoje cantam, escrevem, erguem o Rio Grande do Sul e sua cultura ao maior patamar no coração dos gaúchos.
Durante esses 7 dias, em homenagem ao meu Rio Grande do Sul, postarei algumas obras da nossa gente.
Pra começo, aí vai a música “Seival” de Lizandro Amaral.
Seival
Vagalumes no varzedo
Cada qual brilhando mais
Meu tordilho não tem medo
Dos assombros dos chircais
Meu tordilho não tem medo
Dos assombros dos chircais
Não fosse o grito de Netto
Chamando para o Seival
Não fosse o grito guerreiro
Ter Bento por general
Não fosse a lança certeira
Sangrando guerreiros por um ideal
Não fosse o grito das pedras
Que as sogas conduzem no bem e no mal
Cada garrucha é uma boca gritando
Que os tauras não vão se entregar
Quem for farrapo dirá
Quem for farrapo sempre será
Adaga e lança
Razões de ser
Um grito pampa a florescer
E a tricolor hasteada
Nos olhos rubros da indiada
Que ia ao rumo do nada
Buscar o sol,
Buscar o sol pra viver
Não fosse o grito de Netto
Chamando para o Seival
Não fosse o grito guerreiro
Ter Bento por general

sábado, setembro 06, 2008

Grande Pátria...

7 de setembro, Dia da Independência!!!
"...grande Pátria desimportante em nenhum instante eu vou te trair. Não, não vou te trair..." (Cazuza)
Ainda não acredito que cai num domingo e que ainda terei que trabalhar. O 7 de setembro abusou de mim neste ano. O muito que não desfilei enquanto aluna, terei de compensar agora como professora em homenagem à nossa "Adorada, idolatrada, salve, salve" grande pátria. Será que ainda sei marchar? Como se não fosse muito, nossos hermanos argentinos, a duas semanas da primavera, nos mandaram um frio que não fez durante todo o inverno.
Não acredito que terei que ir pra praça. Lembrando D. Pedro I (desconsidere o "indpendência ou morte"), e o dia 9 de janeiro de 1822, farei o mesmo que ele: diga ao povo que fico. Fico em casa, debaixo do cobertor, na frente da lareira, tomando mate, chocolate-quente... Não quero passar na praça, ainda mais com esse baita frio.

quarta-feira, setembro 03, 2008

Todo sopro que apaga uma chama...

Meio da semana. Dia de atualizar. Aí vamos, sem muita inspiração. Ou melhor, me deixando levar pela inspiração dos outros. Entre uma audição e outra de Sole, continuo escutando O Teatro Mágico. Passada a primeira impressão passo agora a "decodificar" as letras, que são "MARA", como diria Seu Ladir!!! Obrigada, Mariana, pelo cd, pela sugestão. Impossível não gostar. Em tua homenagem, deixo aqui o vídeo de Ana eo Mar. "Todo sopro que apaga uma chama reacende o que for pra ficar" PERFEITO!!!