terça-feira, abril 13, 2010

Sí tú no estás...

“Ignoré que la realidad se transforma

Aunque yo no esté ahí

Decidí salir y te olvidaste

Aún quedaba algo que te iba yo a decir”

Vários são os temas recorrentes as minhas inquietações já nada juvenis. Entre eles estão a distância e o tempo que às vezes ficam esquecidos, mas sempre estão presentes. Até certa idade, pensei que as pessoas que estavam a minha volta, fossem elas importantes ou não na minha vida, jamais mudariam. Assim como as suas vidas. Assim como era certo que eu faria parte da vida dos que importavam. E isso era uma verdade.

Dizem os psicólogos que uma das características da infância é o egocentrismo, ao que tenho que confessar que no meu caso essa característica perdurou por um bom tempo, além da niñez. Foi assim que deixei de falar algumas coisas, que não demonstrei outras, que fui perdendo algumas pessoas. Por não me dar conta de que o mundo não girava em torno do meu nariz, que cada um tem uma história diferente, e que se você quer conservar relacionamentos com quem quer que seja é bom se apressar e não perder tempo.

A essa altura, o Crocodilo Tic-Tac me fez perceber que mais importante do que pensar ou sentir algo por alguém é imprescindível demonstrar por palavras ou atos. Guardar coisas não é nada legal, de repente as pessoas se distanciam e você fica com um monte de palavras a serem ditas. E não digo que a vida não siga bem, até segue, mas sempre ficará esse discurso a ser proferido e que poderia ter feito a vida diferente.

E essa questão veio a inquietar-me novamente por conta da música “Si tú no estás”, presente no novo disco da Julieta Venegas (@julietav), sobre o qual eu já falei aqui no blog. A letra é simples e linda, como é de ‘costume Venegas’.

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