quarta-feira, março 24, 2010

Qual o teu problema, Camões?

Estava sem ter o que postar (ao menos nada que valesse a pena) e me lembrei deste texto, lido há alguns anos atrás, que, dizem, ser obra de uma vestibulanda da Bahia quando desafiada à interpretação do Soneto mais famoso de Luis de Camões.
Lembram?
"Amor é um fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.
(...)"
Pois em um momento muito inspirado e contrariando as expectativas de todos os que um dia se depararam com tarefa igual (É de praxe. Todo professor de literatura pede uma interpretação de Camões e dessa história de 'amor' com maiúscula e minúscula), a guria escreveu:

"Ah Camões!
Se vivesses hoje em dia
Tomavas uns anti-piréticos
Uns quantos analgésicos
E Prozac para a depressão
Compravas um computador
Consultavas a Internet
E descobririas
Que essas dores que sentias
Esses calores que te abrasavam
Essas mudanças de humor repentinas
Esses desatinos sem nexo
Não eram feridas de amor
Mas somente falta de sexo."

Um comentário:

Anônimo disse...

Putz, não conhecia esse! ahhahahaha Muito bom!