Se na Plataforma Lattes existisse um espaço para "Passeio de Índio", seria difícil me bater na concorrência. Dessa vez, aportei pela terceira vez em um lugar que, apesar de me trazer boas lembranças, teima em me parecer antipático e estranho.
Pois bem, fui convocada para trabalhar o último fim de semana nesse lugar e, diga-se de passagem, bem contrariada, estive aí sem dizer um "Ai". Descolei um hotel muito bom e um quarto enorme só para mim. Me achei a última bolacha do pacote. Também pudera, ficar trancafiada trabalhando durante dois dias inteiros, ao menos deveria estar bem instalada.
Minha indiada começa com o motivo da viagem. Acreditem, nesses últimos dias, fui, na face da Terra, a pessoa que mais leu coisas como "Atualmente, nos dias de hoje a violência...", ou "Hoje em dia a violência...", ou "A violência, cada vez mais, no cotidiano diário das pessoas...".
Não parece suicídio?
Também li o maior amontoado de asneiras já visto por algum mortal em tempo recorde, mais de 200 textos nada atrativos em dois dias. Só me faltou um 38 e uma "copa de vino" pra contar a história.
Mas aguentei. Bravamente. Cumpri minha obrigação e devo confessar que não fiquei 'presa' durante 48 horas inteiras no hotel. Não. Talvez, no máximo, umas 47. É que domingo, me dei uma hora de folga para ir ao supermercado. E justo em 40 minutos, dos 60 que me aventurei pela rua, tomei um dos maiores banhos de chuva da história. Coisa que nos outros 363 dias do ano que passo em São Gabriel, não acontece.
Sabem aquela história de "Deus castiga!"? Eu não acredit... ava.
Aliás, o tempo vem sendo meu maior carrasco. Nessa viagem: chuva. No Uruguai: chuva. Isso quando não resolvo passar os dias mais quentes do ano batendo perna em Santa Maria.
Uff... tenho que repensar a minha próxima viagem. Anônimas, vocês ainda querem a minha companhia???
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