Semana passada, dei um pulo em Porto Alegre com o pessoal do Colégio para visitar a Bienal do Mercosul e a Feira do Livro. Eu gosto de Porto Alegre. Qualquer motivo para visitar a capital é bem-vindo, e lá estava eu cheia de vontade.
Primeira parada, a Bienal. Apesar de ser um passeio interessante, devo confessar a minha ignorância e dizer que saí de lá entendendo pouquíssimas obras. As que entendi, gostei muito, mas as outras me fizeram ficar por ali com uma cara de paisagem, tentando tirar algum significado daquilo tudo. A minha (paupérrima) justificativa, ou, se quiser chamar, Saída pela Tangente, é que aquilo são obras de arte e, como tal, deveriam ser reconhecidas por mim como algo que me fizesse sentido. As que não fazem, eu concedo tal licença poética e assunto encerrado.
Aliás, preciso dizer o quanto eu ando chata e preguiçosa. Talvez este seja mais um dos motivos pelos quais eu não escreva tanto por aqui. Além de devaneios desnecessários, eu costumava abastecer este blog com comentários sobre o que andava ouvindo, lendo e vendo. Acontece que ando lendo pouco. Há tempos que não me "enganchava" em um livro (até agora - seguem comentários). Vi poucos filmes nestes últimos tempos, porque para o cinema também estou "aburridísima". Me restou ouvir algumas coisas, e, sim, desta arte eu abuso. mas fui percebendo o quão repetitiva fui ficando. Não que eu me importe, mas parece que já não faz muito sentido ficar postando e postando sobre o que para mim faz o maior sentido, mas para os demais não. É mais ou menos o que aconteceu comigo na Bienal.

Depois de bater tanta perna, voltei a minha pequena e querida São Gabriel, ouvindo as mesmas músicas que estava ouvindo, sem saco para o cinema, mas abastecida de palavras e ideias novas graças aos livros. Por falar nisso, vou indo lá ler um pouquinho sobre as efemeridades necessárias da vida presentes na obra de Rubem Alves.